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AMAPAR, UIJLP e EMAP intensificam a boa relação e dão início ao curso de Ética e Direitos Humanos …

Com o objetivo essencial de aumentar vínculos afetivos e profissionais entre magistrados lusófonos, a União Internacional dos Juízes de Língua Portuguesa – UIJLP, a Associação dos Magistrados do Paraná – AMAPAR, a Associação dos Juízes de Angola – AJA e a Escola da Magistratura do Paraná – EMAP deram início, na segunda-feira (21), a um novo curso de formação continuada, desta vez direcionado para 64 juízas e juízes de Angola.

O curso segue a linha do anterior curso aplicado pelas entidades, de grande êxito, e que foi ofertado à magistratura de Moçambique, entre 22 de junho e 2 agosto, com temas relacionados à Ética e aos Direitos Humanos, no sistema de EAD.

Os cursos ofertados atendem ao primeiro e importante passo de execução do Protocolo de Cooperação entre a AMAPAR, a UIJLP, a EMAP e também a Associação dos Juízes de Angola – AJA.

IR ALÉM

O presidente da UIJLP e da Associação de Juízes de Moçambique, Carlos Pedro Mondlane, ressalta a importância de trazer verdadeira dignidade à magistratura do espaço lusófono. “Temos conseguido planos para tornar a magistratura muito mais interventiva e técnica, do ponto de vista da atuação dos seus agentes, ao dotar os juízes no espaço lusófono de conhecimentos éticos e deontológicos”, disse.

Mondlane acredita que, no atual ritmo, será possível abarcar colegas de outros países. “Colaborar para dar à magistratura, com os cursos, um complexo eticamente responsável”, destacou.

Presidente da AMAPAR e secretário executivo da UIJLP, Geraldo Dutra de Andrade Neto comenta que os cursos surgiram do compromisso de encontrar novos meios de intercâmbio entre os juízes dos países lusófonos, mas não é só. “Ir além da afirmação contínua dos vínculos afetivos que unem”, ressalta o magistrado.

Ele observa, ainda, um misto de familiaridade entre brasileiros e angolanos, ao falar da nova etapa. “Angola também é matriz para mistura de povos que se impôs no Brasil, ao ponto de podermos afirmar, também somos o mesmo povo, esses também são os meus, embora separados por um oceano. Essa separação não deve ser motivo para distanciamento. Devemos ser mais próximos, podemos ser melhores juntos”, apontou o magistrado.

Atual presidente da Associação de Juízes de Angola, Adalberto Gonçalves ratifica a opinião dos colegas sobre a importância do curso. Acrescenta quanto à didática estabelecida, ao apresentar conteúdo que estimula a interação entre formadores e cursistas. “Sendo agregador e desafiante, com valores recomendáveis a um juiz do século XXI”, pontua.

As ações educacionais junto às nações lusófonas, após exitosa participação dos Magistrados de Moçambique, foram destacadas pelo diretor-geral da EMAP, Clayton de Albuquerque Maranhão. “Cabe ressaltar a relevância desse intercâmbio cultural e científico estabelecido com a Magistratura Angolana, e que conta com a tutoria competente dos colegas Juízes de Direito Eduardo Novacki, Carolina Fontes Vieira, Fábio Brandão e Rafaela Matiolli Somma”, afirmou. O magistrado explica que os conteúdos do curso permitem debates sobre temas universais – como a ética e os direitos humanos, bem assim propicia a troca de impressões de direito comparado acerca do regime jurídico-constitucional da Magistratura nos países de língua portuguesa. “Nossos agradecimentos ao Presidente da AMAPAR, Juiz Geraldo Dutra de Andrade Neto, ao Presidente da UIJLP, Juiz Carlos Pedro Mondlane, e ao Presidente da Associação dos Juízes de Angola, Juiz Adalberto José Manuel Gonçalves”, completou Clayton Maranhão.

Dividido em 10 módulos, com a participação de magistradas e magistrados do Paraná na condição de juízes formadores, o curso de Ética e Direitos Humanos para juízes de Angola segue até o dia 25 de outubro. Além das palestras dos formadores, terá etapa de questionamentos, para os participantes interagirem com os professores/tutores, inserindo suas dúvidas e/ou considerações sobre a exposição. O professor responderá também por escrito no portal dentro do tempo previsto para a atividade. Também estão concentradas as atividades práticas inerentes aos temas principais, avaliação com questão motivadora baseada nos conteúdos estudados e atividades práticas.

Escola da Magistratura do Paraná
02/10/2020

 

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