A Escola da Magistratura do Paraná (EMAP) fez na noite segunda-feira (30 de setembro) um ato de verdadeiro reconhecimento à trajetória da instituição, tendo como motivação especial a reinauguração do prédio da sede de Curitiba. Com novos revestimentos, mobiliários, instalações com equipamentos de acessibilidade e demais reparos providenciais, o prédio da Rua Ernani Santiago de Oliveira, bem próximo ao Palácio da Justiça, está realmente de cara nova.
Para comemorar o investimento, que traduz o crescimento gradual da EMAP ao longo dos anos, autoridades discursaram e trouxeram boas lembranças, ao rememorarem tempos na condição de alunos e também da oportunidade como professores da instituição.
O atual diretor-geral da Escola, Clayton de Albuquerque Maranhão, abriu a noite e fez justo agradecimento ao desembargador Renato Braga Bettega, presidente do Tribunal de Justiça do Paraná no biênio 2017/2018, que possibilitou a reforma do prédio, ao autorizar a destinação de recursos. “É um momento de muita alegria ver aqui reunidos os magistrados que me antecederam neste árduo cargo de diretor da EMAP”, ressaltou o magistrado.
Clayton Maranhão recordou dos tempos de aluno da EMAP, ao destacar a presença do desembargador jubilado Ruy Fernando de Oliveira, que foi diretor-geral da instituição. “A Escola da Magistratura, antes de tudo, é feita de pessoas”, destacou, ao agradecer professores e funcionários.
O presidente da AMAPAR, Geraldo Dutra de Andrade Neto, prestigiou a solenidade e comentou que foi cursista da instituição, com uma feliz recordação, pois teve a oportunidade de assistir aulas de preparação à magistratura na mesma sala utilizada para a realização do ato nesta segunda-feira. Lembrou dos professores, muitos presentes à solenidade. Destacou que a noite era de agradecimento, principalmente pelo investimento e crescimento da instituição. “É uma grande satisfação reencontrar os senhores na Escola, saber que existe uma continuidade e poder colaborar. Tenho certeza que tudo vai rumar para um futuro muito brilhante”, pontuou.
Diretor do núcleo de Curitiba, Eduardo Novacki, falou das diversas atividades desenvolvidas pela EMAP, tanto na formação, como no aperfeiçoamento, além dos cursos e eventos oferecidos à comunidade jurídica, como o debate inclusivo. “Todos nos sentimos em casa na EMAP. Tivemos a participação como alunos e professores. É uma alegria muito grande retornar à nossa casa”, afirmou.
Membros da cúpula diretiva do TJ-PR também prestigiaram a solenidade. O presidente da corte paranaense, Adalberto Jorge Xisto Pereira, que no passado dirigiu o núcleo de Curitiba, evidenciou a contribuição dos magistrados que atuaram na direção. “Eu também tenho a minha história aqui, na Escola da Magistratura do Paraná”, afirmou.
Coube ao desembargador Noeval de Quadros, diretor-geral da EMAP nos anos de 2004/2005, fazer uma pequena palestra, ou como fez questão de mencionar, trazer momentos de reflexão sobre o papel do juiz, a tecnologia a serviço do Judiciário e a importância da Escola para magistrados e comunidade jurídica.
NOVA ESCOLA
Diretor da Escola no biênio 2017/2018, responsável pelas tratativas que consolidaram a reforma, o desembargador José Laurindo de Souza Netto recebeu homenagens com o descerramento de sua fotografia na galeria de diretores da instituição. Atual 2º vice-presidente do TJ-PR, o magistrado tem fortes laços com a EMAP. Comentou, durante o ato, que foi necessária a modificação de um entendimento do Tribunal de Contas, além do convencimento junto à presidência do TJ-PR, para vencer os obstáculos e possibilitar a reforma. “Nosso layout precisava se adequar ao formato de aulas em que técnicas de metodologias ativas são apresentadas aos alunos”, explicou, ao externar agradecimentos a todos os envolvidos e à esposa, também presente.
José Laurindo teve a oportunidade, ainda na década de 1990, de participar de cursos de formação de formadores em países da Europa. Disse ter aprendido que a EMAP tem a necessidade de solucionar os problemas para transformar a realidade. “Hoje, a nossa escola é especialista em solução de casos completos. Para sermos juízes da contemporaneidade, precisamos saber não apenas o conteúdo jurídico, dogmático, mas exercer a função, sentenciar e, sobretudo, saber ser. Se posicionar diante dos desafios da atualidade”, concluiu.