Neste episódio discutimos a obra "São Bernardo", clássico de autoria do alagoano Graciliano Ramos.
Publicado em 1934, "São Bernardo" narra a trajetória de ascensão social do protagonista Paulo Honório, que, de menino órfão e pobre, se torna proprietário de uma importante fazenda no sertão de Alagoas.
A transformação do menino em proprietário vem acompanhada de um embrutecimento subjetivo de Paulo Honório, que não possui barreiras morais nem escrúpulos para atingir seu ideal de sucesso.
A obra discute importantes questões sociais, como os valores da elite brasileira do começo do século XX, o papel da mulher nessa sociedade e os direitos (ou a falta de direitos) dos trabalhadores.
Mas também traz uma incursão na subjetividade mais íntima do protagonista, levantando reflexões universais sobre o amor, o ciúme e o sentido de uma vida.
Esperamos com esse episódio dividir com vocês nossas impressões sobre esse livro apaixonante e mostrar como a literatura é capaz de aprofundar e ampliar nossa visão de justiça.
Neste episódio, mergulhamos na obra Alegrias da Maternidade, da escritora nigeriana Buchi Emecheta, para refletir sobre as interseções entre literatura, Direito e Justiça Restaurativa. A partir da trajetória de Nnu Ego, protagonista do romance, discutimos como as construções sociais sobre a maternidade, o papel da mulher e as expectativas culturais podem gerar desigualdades e formas de opressão, especialmente em contextos patriarcais.
Com um olhar jurídico e humanizado, analisamos como a obra revela dinâmicas de poder, relações familiares e violências estruturais que ainda ecoam nas realidades de muitas mulheres ao redor do mundo. Também abordamos como a Justiça Restaurativa pode oferecer ferramentas para reconstrução de vínculos, reparação de danos e transformação social, trazendo novas possibilidades para o enfrentamento das desigualdades de gênero.
Como a literatura pode ampliar nosso entendimento sobre o Direito? De que forma o olhar restaurativo pode nos ajudar a repensar o impacto das normas jurídicas na vida das mulheres? Essas e outras questões nos guiam nesta conversa. Vem com a gente!